Mineração Rio do Norte destina de forma sustentável 99% de seus resíduos sólidos industriais

Equipe focada e com planejamento em dia conseguiu a marca mesmo em ano difícil com a pandemia da covid-19

 

No ano desafiador de 2020, todas as áreas industriais precisaram se adaptar para manter programas em funcionamento, seja pelo home office, seja transformando suas campanhas de conscientização para o formato on-line. Manter os bons resultados diante da pandemia da covid-19 foi difícil, mas possível.

A Mineração Rio do Norte (MRN), por exemplo, conseguiu que 99% dos resíduos sólidos industriais gerados pela empresa tivessem destinação sustentável, em 2020, por meio de reciclagem, reprocessamento e/ou reuso. O resultado é fruto de um trabalho intenso do Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da empresa que é a maior produtora de bauxita do Brasil, com sede em Porto Trombetas, no município de Oriximiná, no oeste do Pará. A iniciativa existe desde 2010 e atende à Política Nacional de Resíduos Sólidos.

“O resultado foi alcançado graças ao empenho e dedicação de todas as áreas geradoras de resíduos sólidos industriais da MRN que, mesmo diante dos desafios impostos pela pandemia, colaboraram com a gerência de Controle Ambiental”, conta Dayane Cecília Moreira, analista ambiental da empresa.

Com a pandemia da covid-19, foi preciso repensar a forma de realizar, por exemplo, o cronograma de Educação Ambiental 2020, que havia sido estabelecido no Programa de Gerenciamento da empresa. “Tínhamos um planejamento de atividades em campo e ele precisou ser refeito. Continuamos atuando nos diálogos diários de segurança, mas com menos pessoas, prezando pelo distanciamento e, muitas vezes, participando on-line. Tivemos grande apoio dos líderes que repassavam as informações nas atividades, disponibilizamos material de apoio e o suporte necessário”, reforça Dayane.

João Paulino Pessoa, gerente técnico da seção de Manutenção, Lubrificação, Abastecimento e Borracharia da MRN, é um exemplo de líder que atuou de forma incisiva para garantir que a coleta fosse realizada de forma correta. “Separamos a área de descarte de resíduos na área e identificamos cada tambor pelo tipo de resíduo. Depois, realizamos um trabalho intenso de conscientização nos diálogos diários de segurança e em bate-papos para criar a cultura da conscientização dos empregados, reforçando que essa ação traz benefícios para o meio ambiente e para a empresa”, conta.

Em 2020, foram geradas 3.669 toneladas de resíduos industriais na empresa. Do total, 99% dos resíduos tiveram destinação sustentável, por meio de reciclagem, reprocessamento e/ou reuso. O programa da MRN foca na minimização, segregação, rastreabilidade, valoração e na destinação apropriada de todos esses resíduos.

 

A reutilização como prioridade

O Programa de Gestão de Resíduos Sólidos da MRN foca na atuação de três frentes principais: redução na geração por meio de trabalhos de conscientização ambiental junto às áreas operacionais; reaproveitamento/reciclagem dos resíduos industriais e aplicação de novas tecnologias e controle dos fornecedores envolvidos no processo de gerenciamento de resíduos industriais, a partir de processos rígidos de avaliação ambiental que proporcionam a redução de riscos relacionados à disposição inadequada.

A conscientização tem funcionado, resultando em ações desenvolvidas dentro das áreas, a exemplo do que foi realizado pela seção de Manutenção de Mecânica do Porto da MRN. “A empresa precisava de pontos de coleta de resíduos e nossa área costuma gerar bastante, mas ainda precisávamos aprimorar o ambiente para o descarte. Então, montamos nosso próprio ponto, que recebe em torno de 10 a 15 toneladas de sucata. Com essa ação, somada aos diálogos diários de segurança, a gente já percebe maior consciência ambiental dos colegas da área”, conta o soldador Antônio Edno Silva, que esteve à frente desses trabalhos na área em 2020.

Foto do campo Real Trombetas, onde a AC Parceria trabalha na revitalização reaproveitando resíduos sólidos industriais 

Empresas terceirizadas que atuam na MRN também encontraram oportunidades no reaproveitamento, tornando-se parceiras da empresa para garantir um gerenciamento ambientalmente adequado de todos os resíduos que são gerados. A AC Parceria, por exemplo, reaproveita estruturas e materiais de construção, entre outros.

“Nossa turma fica sempre atenta às oportunidades de reuso de materiais que seriam descartados por outras áreas, utilizando-os para construção, reforma, ampliação e melhorias nas condições de segurança de nossas atividades. Trilhos usados retirados da rodoferrovia, correias, telhas metálicas velhas e outros diversos materiais são transformados em estruturas para armazenamento, canteiros de obras, reforço de pisos e uma série de outras melhorias. Exemplo disso foi a construção de um ponto para abastecimento dos caminhões pipas, utilizando básculas de caminhões desmobilizados, e resto de tubos oriundos das sobras de obra. Atualmente, estamos num projeto de transformação do campo de futebol Real Trombetas, onde também serão reutilizados diversos desses materiais”, conta o gerente geral de Obras da AC Parceria, José Roberto Guimarães.

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