
Ao se deparar com uma inovação, gerada por uma empresa, as pessoas são levadas a pensar: Mas como eles fizeram isso? A associação com resultado, valor, lucro ou impacto para a sociedade é o que diferencia “inovação” de “invenção”. Há várias “invenções” sendo criadas a todo momento, em algum lugar do mundo, nas empresas, nas escolas, em garagens. A maior parte delas não chegará aos clientes ou usuários, ou então será disseminada de forma tão insipiente, terá impacto tão localizado, que não viabilizará a manutenção no mercado.
O processo de inovar vai além dos limites estabelecidos, seja no desenvolvimento de um novo bem, serviço, processo ou na introdução de uma característica diferenciadora em produto ou processo já existente, resultando em vantagem competitiva ou melhoria do dia a dia dos consumidores. Não há, portanto, inovação sem que seja gerado algum ganho para a empresa ou para a sociedade em geral.
Afirmar-se ainda que, se não há incremento de valor para a organização ou para a sociedade, não há inovação.
Alguns estudiosos dizem que uma boa forma de ver a inovação é com base na expressão: conforme a seguir: “Inovação = nova solução + ação+ resultado impactante”, vale só lembrar de algumas recentes soluções inovadoras disponibilizadas ao mercado, como o PIX, os aplicativos de lojas online (Magalu, Casas Bahia, Amareicanas.com) ou empresas como o Netflix, Uber ou Nubank.
O lucro é um dos principais resultados esperados da inovação, mas não é o único! Em uma organização sem fins lucrativos, por exemplo, o resultado é medido em termos de impacto na sociedade.
Pode-se dividir as possibilidades de inovação em quatro tipos (OECD, 2005):
1° – Inovação de produto: acontece quando ocorre a alteração significativa em características funcionais de produtos (bens e serviços). É aplicável tanto a produtos totalmente novos como aos casos de aperfeiçoamentos significativos em produtos já existentes.
Exemplos: Telas touch screen, carros flex ou TV digital.
2° – Inovação de processo: se dá quando os métodos de produção e distribuição dos produtos passam por mudanças significativas, incorporando novas características.
Exemplo: Indústria 4.0, atendimento virtual dos bancos ou internet das coisas.
3° – Inovação organizacional: pode-se obter inovação organizacional com diferentes abordagens, tais como modelos de negócio, estrutura organizacional, gestão financeira, capacitação e gestão de desempenho do pessoal.
Exemplo: Novas formas de trabalho que estão adotando o Home Office ou a mudança da IBM que percebeu a necessidade mudar para sobreviver e deixou de ser um fabricante de hardware (predominantemente manufatura), abandonando o segmento de PCs e impressoras, para focar no modelo de negócio de provedor de soluções de TI (predominantemente serviços).
4° – Inovações de Marketing: estão relacionadas com a adoção de novos métodos associados ao design de produtos (embalagem, marcar, rótulos ou outrs), à análise do comportamento do mercado, às técnicas de comunicação, à fidelização do cliente, a forma de estabelecimento do preço de venda ou da ativação comunitária, dentre outros.
Exemplo: Forma dinâmica de cobrança do Uber ou das companhias aéreas, embalagens com produtos concentrados (amaciante de roupa ou sabão para lavar roupas) ou uso das redes sociais para vendas de produtos.
Ultrapasse os limites, pense grande!
Implementar a inovação, é crescer. Não faça dela apenas uma ideia que fará seu negócio mais rentável. Veja isso como um processo fundamental para manter o sucesso e a sua sustentabilidade.
Por Junior Lopes – Coordenador de Conteúdo e Projetos da REDES/FIEPA