Após aumento de casos, Projeto Quilombo amplia atividades para comunidades de Oriximiná

Iniciativa é conduzida pela MRN, que também assegura assistência médica particular para mais de 690 pessoas de cooperativas por mais um mês

A região oeste do Pará tem registrado, conforme últimos dados dos órgãos de saúde locais, aumento no número de casos de covid-19. Para apoiar comunidades quilombolas e ribeirinhas da região, a Mineração Rio do Norte (MRN), maior produtora de bauxita do Brasil, com sede no distrito de Porto Trombetas, município de Oriximiná (PA), reativou a extensão do Projeto Quilombo para atender comunitários com informações sobre a doença.

Em mais de 20 anos de atuação, o projeto trabalha na melhoria da saúde e qualidade de vida das populações. Mensalmente, 14 comunidades dos territórios quilombolas Alto Trombetas 1 e 2 recebem atendimento de equipe de saúde formada por médicos, enfermeiros e técnicos. O objetivo é prover as comunidades com assistência curativa e preventiva. Com a pandemia, a extensão do projeto atende 24 comunidades.

“Desde março do ano passado, estamos monitorando e dando suporte às mais diversas comunidades da região. O objetivo é atender o paciente que está isolado, com foco nos idosos. Casos graves são imediatamente encaminhados para o Hospital de Porto de Trombetas para receber todos os cuidados necessários”, explica Joseraldo Furlan, médico do Projeto Quilombo.

Comunitários com sintomas são orientados e medicados e, em alguns casos, submetidos ao teste para detectar o coronavírus. Para José Adomiro dos Santos, o “Bila”, agente comunitário e morador da comunidade Palhal Grande, o projeto é fundamental neste momento. “Já venho acompanhando o Projeto Quilombo há um bom tempo e ele vem fazendo todas as orientações e monitoramentos necessários para as comunidades. Também tenho acompanhado junto ao projeto todos os protocolos de saúde recomendados às famílias da região”, conta.

Benefício ampliado 

Além disso, mais de 300 trabalhadores das cooperativas Cooperboa, Coopermoura e Cooperbarcos, de comunidades quilombolas e ribeirinhas de Oriximiná que prestam serviços para a MRN e seus dependentes legais, totalizando mais de 690 pessoas, estão sendo beneficiados com um plano de saúde, viabilizado pela mineradora.

A assistência médica particular inicialmente seguiria até janeiro deste ano, mas foi estendida para o mês de fevereiro tendo em vista a situação da pandemia na região.

A iniciativa, debatida no âmbito do grupo interinstitucional “Pela Vida no Trombetas”, é uma solução para aumentar as alternativas de tratamento em caso de eventual contaminação, reduzindo a dependência dos cooperados ao sistema público de saúde. “Por meio deste financiamento, a Mineração Rio do Norte reforça seu compromisso com a vida dos cooperados. Com a nova cepa do coronavírus e mudança do bandeiramento da região oeste do Pará para preto, iniciativas que auxiliem no atendimento dos moradores da região são bem-vindas”, relata Jéssica Naime, gerente de Relações Comunitárias da MRN.

O plano de saúde tem cobertura em enfermaria, transferência em UTI aérea e atendimento por telefone. Entre os 70 serviços disponíveis pelo plano estão consultas, internações e exames nos principais hospitais, clínicas e consultórios da rede credenciada.

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