Conhecimento e tecnologia para gerar inovação

Para muitas pessoas, é comum fazer uma associação entre inovação e tecnologia, já que grande parte das inovações que causaram transformação significativo na humanidade, como o automóvel, o telefone, o avião, a energia elétrica, a internet, dentre tantos outros, são baseados na aplicação de novas tecnologias. Mas é importante desmistificar que a inovação não se faz somente com tecnologia e não traz benefícios apenas para empresas do ramo tecnológico!

A inovação pode gerar vantagem competitiva até mesmo para os setores mais conservadores, nos quais os clientes normalmente não buscam inovações, como os produtores de commodities e empresas prestadoras de serviços como as companhias de limpeza pública ou de transporte público. Sempre é possível desenvolver formas inovadoras para prospectar e se relacionar com clientes, produzir mais com menos recursos, aperfeiçoar a logística de distribuição, reter talentos, manter a imagem institucional forte e tornar a cadeia de valor do produto mais eficiente com ou sem uso intensivo de tecnologia.

No caso das empresas que têm a transformação (manufatura) a base no negócio, como é o caso dos fornecedores de equipamentos para a indústria, a tecnologia tem um papel central. O uso de novos materiais, novas funções com base em implementos eletrônicos, uso de plataforma de negócios, adição de funcionalidades com uso de software e outros elementos tecnológicos são muitas vezes o caminho para gerar diferencial no mercado e aumentar as vendas.

Agora para refletir: Será possível fazer ciência e promover o desenvolvimento da tecnologia no ambiente empresarial? Ou será que tais práticas ficam restritas aos institutos de pesquisa ou as grandes corporações que podem investir pesadamente em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D)? Talvez a resposta seja menos relevante do que entender o papel do conhecimento na evolução tecnológica e ainda evitar que as pessoas na empresa sejam tomadas por uma “aversão à ciência”.

É forte a relação entre conhecimento, tecnologia e inovação. Os avanços da ciência permitem a criação de novas tecnologias, que viabilizam a inovação, gerando impacto na sociedade. Por outro lado, a sociedade aumenta o nível de exigência, esperando mais inovação, que estimula a ampliação dos limites da tecnologia, com novos desafios para as pesquisas científicas.

Mas existem barreiras para a inovação?

Sim!

Um estudo da IBM realizado em 2006 destaca as cinco principais barreiras para a inovação, sendo elas: financiamento inadequado, aversão a riscos, silos organizacionais, pressão por prazos e medição incorreta:

  • Por financiamento inadequado, entende-se a inexistência de fundos para capturar, recursos a serem recorridos, no momento certo, novas oportunidades de inovações.
  • A aversão a riscos é inerente ao ser humano. Mesmo os mais motivados e criativos valorizam os momentos de paz e tranquilidade. A empresa como um todo possui uma inércia, tanto maior quanto melhores forem os últimos resultados comerciais e financeiros.
  • A pressão por prazos cada vez mais curtos para a criação e disponibilização no mercado de novos produtos e processos também é uma barreira para a inovação. O tempo dedicado à inovação, que gera resultado a médio e longo prazo concorre com as demandas mais urgentes e relacionadas com resultados de curto prazo.
  • A medição inadequada os resultados associados à inovação. Comumente as empresas focam a medição em rentabilidade, lucratividade e participação no mercado, não raro com certo imediatismo. Nem sempre é possível associar estas medidas de desempenho tangíveis com o processo de inovação.

Se a inovação é um elemento central na gestão das empresas, é necessário que seja alçada ao nível estratégico. E em termos de estratégia, o trabalho de alguns especialistas da área servem de referência, como as contribuições do Papa da área, Michel Porter. Dentre as ferramentas disponibilizadas por ele, está a matriz das “5 forças Porter” que regem a competição industrial. Essas forças seriam, o poder de barganha dos fornecedores, o poder de barganha dos compradores, as ameaças de novos entrantes, as ameaças de produtos substitutos e a rivalidade entre concorrentes.

A inovação pode ser usada como forma de lidar positivamente com estas forças, independente do setor de atuação. Abaixo deixamos um descritivo para facilitar o entendimento na relação entre empresas (business to business – B2B), que é o caso dos fabricantes de equipamentos industriais.

Por Junior Lopes – Coordenador de Conteúdo e Projetos da REDES/FIEPA.

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