Todos os adolescentes que participam do programa são oriundos do Projeto Padrinho Cidadão, que visa afastar adolescentes do trabalho infantil por meio da aprendizagem
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2019, o trabalho infantil no Brasil, mesmo sendo proibido, atinge 1,8 milhão de meninos e meninas entre 5 e 17 anos. Para contribuir para a superação desta realidade, empresas com sete ou mais colaboradores precisam implantar programas de aprendizagem – modalidade que permite trabalho de carteira assinada para pessoas de 14 a 24 anos, em meio período, com oferta de formação técnica, remuneração e sem interferência nos estudos regulares.
Na Alubar – empresa líder na América Latina na fabricação de cabos elétricos de alumínio, uma das maiores do continente na produção de vergalhões de ligas de alumínio e produtora de condutores de cobre – o Programa Jovem Aprendiz possui um diferencial. Desde 2016, uma parte das vagas é destinada a pessoas oriundas do Projeto Padrinho Cidadão, medida criada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT 8) para afastar adolescentes e jovens em situação de vulnerabilidade social do trabalho infantil.
Todos os 16 aprendizes da turma que ingressou no final de dezembro de 2020, são oriundos do Projeto Padrinho Cidadão. Além disso, o processo de seleção e a oferta do curso técnico também passaram por mudanças para a segurança dos participantes.
“Os jovens selecionados foram destinados a várias áreas dentro da corporação. A parte teórica do programa é oferecida pelo SENAI [Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial] em formato online. Já a parte prática é na empresa, onde eles recebem todos os cuidados de prevenção necessários”, explica Bruno Cunha, analista de RH/DHO responsável pelo Programa Jovem Aprendiz na Alubar.
Com o programa de aprendizagem, além de cumprir um requisito legal, a Alubar investe no desenvolvimento de jovens talentos. É o caso de Fredson Lobato, aprendiz lotado na Gerência de Comunicação. Esta é a primeira experiência profissional dele, que tem 19 anos e estuda psicologia. “O programa é importante, porque, além do curso, temos a prática comprovada na nossa carteira de trabalho. O projeto nos fornece a experiência e nos impulsiona a alcançar nossos objetivos”, afirma.
Para a Alubar, o programa vai além do investimento na juventude. “Nosso papel principal é mostrar para a comunidade que estamos preocupados com o crescimento da região, não apenas financeiro, mas também intelectual. Aqui nossos jovens são preparados para vida”, finaliza Bruno Cunha.
